quarta-feira, 10 de julho de 2013

Bechara e a história de escrever estória

Lembra lá atrás, quando te ensinaram a escrever história com "h" para fatos históricos (história real) e estória com "e" para obras de ficção (história inventada)?

Isso já caiu por terra há tanto tempo...e por que tem gente que ainda insiste em escrever assim?

Pesquisando sobre isso tempos atrás, inspirado pela curiosidade de uma amiga que está metendo a cara para passar num concurso público (e vai passar), chegamos a um artigo da professora Andréa Motta. Não vou transcrever o texto aqui...leiam lá no site apontado. É muito bom! Vale a pena a leitura.

Hoje, Andréa mantém o site Conversa de Português, muito bom também para quem gosta da nossa língua!

O artigo da professora faz referência a dois artigos publicados por Evanildo Bechara no semanário O Mundo Português intitulados "História e estória". Procurei os artigos, mas não consegui encontrá-los disponíveis na Internet. Mas aqui existe a referência a esses artigos (refs. [92] [93]).

Vários outros artigos desse semanário foram reunidos em uma coletânea chamada "Na ponta da língua", e pela página da ABL, esses dois artigos do Bechara foram fundidos e entraram no Vol. 3 da série.

Em resumo, devemos escrever sempre história com "h" para tudo.

Só não entendi por que o Bechara não colocou nada disso em sua excelente gramática...

Andréa, parabéns pelo excelente trabalho!

Outras fontes interessantes para essa pesquisa:

[1] História X estória, um conflito histórico
[2] Reforma Ortográfica: História ou Estória? 
[3] Estória
[4] história e estória - Uma discussão linguística

3 comentários:

  1. Eu escrevo História com 'h', mas confesso que sempre pensava em escrever com 'e' quando me referia a história inventada, desistia porque não via ninguém mais usar...
    Agora tudo certo, sempre com 'h'!
    Obrigado pela dica Galo Cinza!

    Forte abraço

    Felipe

    P.S. Espero que a sua amiga passe no concurso, assim o marido dela pode se aposentar antecipadamente!

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  2. Ricardo, obrigada por divulgar o artigo. De fato, os textos não estão disponíveis na internet; eu os tenho em uma coletânea feita durante o meu curso de Letras na UERJ (onde o professor Bechara dava aulas). Na época, uma colega de outra turma recortava os artigos publicados no Jornal Mundo Português e os organizava de acordo com os tópicos gramaticais; foi essa coletânea que circulou entre os alunos e chegou a mim.

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  3. Essa história da pesquisa rendeu até um deadlock, lembra? De claptons!!! E, como não poderia deixar de ser, ganhou um Bechara! Desde o dia que a Saraiva entregou eu pensei no que escrever como dedicatória. Com o post veio a inspiração: uma história de banda de rock nacional que alguns podem denominar "estória". Como estou achando que de fato
    ela nem existe, poderia ser chamada assim.
    Bechara partiu hoje, edição igual a minha (o que facilitará nossas pesquisas). Divirta-se!

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Fiado só amanhã.
Obrigado e volte sempre.