segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Lamentações
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Encontrando o tom
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Carecudo
"E a pergunta é: por que, por que, por que?"
A caçula está na deliciosa fase das dúvidas e perguntas.
Ao ver um fio fino do seu cabelo preso no pente, manda à mesa, durante a refeição:
- Papai, por que o cabelo cai?
O que dizer a uma criança de 2 anos para entender isso?
- Que pode ser genético.
- Que é pela falta de alguma vitamina.
- Que pode ser pelo cansaço e pelo stress
Como ela está um saco para se alimentar, disse na hora sem muito pensar:
- O cabelo cai, porque a gente come muita bobeira.
Ai ela me olha e ri:
- Papai, você então come muita bobeira! Para de comer bobeira, seu carecudo!
Fiquei sem reação, e a esposa me olha espantada e cai na gargalhada.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Pessoas e casas
- Papai, olha que casa feia, toda descascada.
- Mas ela já foi bonita sabia? E era azul
- Olha ali no alto, aquele retalinho que ficou...ele diz que a casa já foi azul.
Quando voltamos e passamos pelo mesmo lugar ela prosseguiu:
- Papai, existem casas que são feias por fora...mas são lindas por dentro. Por exemplo, a casa de minha amiga da escola...por fora ela não é pintada, é no tijolo...mas por dentro, ela é linda, e tem um lustre maravilhoso.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Bechara e a história de escrever estória
Vários outros artigos desse semanário foram reunidos em uma coletânea chamada "Na ponta da língua", e pela página da ABL, esses dois artigos do Bechara foram fundidos e entraram no Vol. 3 da série.
Em resumo, devemos escrever sempre história com "h" para tudo.
Só não entendi por que o Bechara não colocou nada disso em sua excelente gramática...
Andréa, parabéns pelo excelente trabalho!
Outras fontes interessantes para essa pesquisa:
[1] História X estória, um conflito histórico
[2] Reforma Ortográfica: História ou Estória?
[3] Estória
[4] história e estória - Uma discussão linguística
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Aos novos amigos
Novos amigos aqui chegaram
e entraram sem bater
abriram a geladeira
e vieram pra aquecer
nossas vidas com alegria
Gigi é caladinha
mas transborda alegria
fala tudo com a alma
espalhando simpatia
com a presença irradia
sua boa energia.
O xará é um artista
traz carinho no olhar
é sensível, atencioso
sabe até fazer chorar
uma coisa só lhe falta:
afinar o seu cantar.
* * *
Ricardo e Gigi, sejam bem vindos às nossas vidas!
PS: Puto gordo de uma figa, você arrasou trazendo esses dois pra nós!
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Daqui a vinte e cinco anos
domingo, 9 de junho de 2013
Deus me fez assim
![]() |
A escritora |
![]() |
Performance ao vivo |
O Band-aid
A primeira refeição em minha casa, logo que me casei, foi assim:
Betinho chegou e me disse:
- Rachel, chamei Carlinhos (primo) para almoçar aqui.
Fiquei contente, e então pensei: vou fazer uma comida que vai dar certo (bolinho de carne com batata amassada).
Comecei a manusear o prato. Na véspera havia dado um corte no dedo, e simplesmente coloquei um band-aid. Mexe daqui, mexe dali, e tudo pronto.
Fritei os bolinhos (ficaram no ponto certo), e fomos almoçar.
Mesa bem arrumada. Em dado momento, olhei para Carlinhos e o vi mastigando muito o bolinho, e pensei: alguma coisa está errada...carne moída e batata amassada! Perguntei-lhe o que tanto mastigava. Ele respondeu:
- Não sei!
Nisso, ele retirou o que havia em sua boca e me disse:
- É isso aqui!
Então virei com toda minha cara de pau e lhe disse:
- O band-aid que saiu do meu dedo, você foi premiado!
Imagine como fiquei, mas logo arrumei uma brincadeira e tudo acabou bem.
![]() |
O Mártir |
O amor (e o humor) de ambos é o sustento de um relacionamento tão bonito, e por que não, tão divertido e engraçado!
Se ficou com vontade de ler o livro...você tem uma chance!
Seja altruísta!
Deixe ai nos comentários uma gafe sua, deixe a gente rir com você, compartilhe esse momento, e você ganhará uma versão digital do livro...ser o revisor tem essa vantagem!
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Enquanto houver sol
E foi bonito...foi emocionante.
De todos eles, um arrepiou da nuca ao dedo pé.
O depoimento de um primo, agradecendo o apoio da família, sobre a coragem e a fé inabalável de seus pais, nos momentos difíceis quando ele ainda era depende químico...eles não arredaram o pé em nenhum instante, na certeza de que a virada de quadro era possível.
Hoje, completamente renovado, ele conduz um grupo que 'estende as mãos' para que dependentes químicos e ex-dependentes possam trocar experiências, trabalharem no bem e caminharem juntos em prol de uma vida melhor.
Após todos os depoimentos, um amigo de infância, que naquele dia foi contratado para fazer o churrasco, pediu para dar o seu depoimento. Disse ele que aprendeu muito com sua mãe. E que naquele momento ele não dava motivos para que sua mãe tivesse orgulho dele, por ser ele um dependente químico...mas que esse quadro estava mudando, graças a ajuda desse grupo conduzido por meu primo.
Como diria pY, rimel foi parar no canto da boca.
Esperança...uma palavra especial.
E porque na semana que passou já rimos, choramos tanto, e fizemos os outros chorar também, com as recordações que essa música trouxe...não poderia deixar de ser diferente.
Feche os olhos, ouça a música, e observe as recordações que ela vai lhe trazer.
Dias difíceis, sempre haverão...mas enquanto houver sol...ainda haverá.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Do fundo do baú
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Por quem os sinos dobram
Seja num livro de Hemingway.
Seja na canção de Raul Seixas.
Seja no cinema, na literatura, na música.
Provavelmente, todos eles tem uma origem em comum.
Existe uma razão para eles tocarem...
Seja para anunciar a morte, ou a vida.
Para chamar os fieis para a missa.
Para te despertar pela manhã.
Para avisar que está na hora do almoço.
Seja para o que for que eles cantem...
De hoje em diante...
Você não será o mesmo após ouvir um sino badalar.
Por quem os sinos dobram
Eles dobram por ti...
Pedem a Deus pela humanidade
Por todas as injustiças sociais ainda praticadas
Pela nossa má vontade em progredir
Não aparando as arestas
Não exercitando o bem
Eles dobram por ti, irmão
Pedindo socorro
Num lamento melodioso
Pela Terra ultrajada
Por tanta depredação
Olhai as aves do céu
Elas voam despreocupadas
Pois sabem que o Pai tudo provê
E nós seres humanos falíveis
Precisamos encontrar nosso eixo
Para então gravitarmos para Deus
Campanário, campanário amigo...
Dobrem...
Dobrem...
Até acordar os homens
Para a realidade do amor.
Felizes aqueles que em suas agitações diárias, podem ainda ouvir, do alto da torre de uma igreja, o chamado simbólico do sino clamando...desperta!!
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Escova, dons e símbolos
![]() |
Crédito |
Homenagem ao casamento "simbólico" de Claudio Dundes e Cris Soldeira, que juntam as escovas de dentes amanhã, 20.04.13.
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Cartas ao meu pai
Niterói, 19/12/2012
Hoje senti uma necessidade de te escrever, talvez assim eu acalme um pouco esses sentimentos que se amontam e se embolam em meu coração. Eu tenho estado um pouco cansada das meias verdades, das meias palavras. Acho estranho dizer isso, mas é um fato, estamos cada vez mais ligados ao mundo e a cada instante as pessoas se tornam mais sozinhas, mais distantes.
Eu confesso que me tornei uma dessas pessoas extremamente conectadas a tudo, mas ainda tenho tentado preservar a presença, o contato físico, a boa conversa numa mesa, os encontros. Eu insisto, porque vale manter vivo o cheiro, a risada sentida. Não, eu não quero receber a representação de um sorriso. Eu não quero ter relações virtuais. Isso não é normal.
Estava aqui pensando no que acharia disso tudo se estivesse aqui. Será que era isso que gostaria que estivéssemos vivendo agora? Talvez me respondesse apenas dizendo que estamos ausentes do mundo e isso me faria pensar muito.
Eu estava precisando conversar, por isso resolvi escrever. Sempre me sinto melhor quando escrevo algo, o sentimento em papel não é a mesma coisa, gera variadas interpretações, mas por saber que me conhece tão bem, acho que não terá problemas em saber o que eu sinto, na verdade, é inegável que me conhece perfeitamente.
Eu vejo na televisão a todo instante, coisas horríveis acontecendo, adultos que violentam outros adultos, outras crianças, outras famílias e crianças que matam. Isso já não choca, temos especialistas que julgam, condenam, falam demasiadamente sobre o acontecido, mas será que o problema em questão envolve apenas um contexto familiar, uma sociedade. Acho isso tudo repleto de meias verdades e tenho certeza que se pudesse me dizer algo, explicaria claramente onde erramos, mesmo que a resposta seja evidente. Somos todos culpados.
É, talvez seja isso. Talvez seja necessário reforçar o lado bom e positivo da vida. Talvez seja importante reforçar os laços de amor. Vigiar os pensamentos. Mas será que a mídia se importa com isso? Será que falar do mal gera mais Ibope do que falar do bem? Eu não sei, mas não querer saber das coisas nos torna extremamente vulneráveis.
Vou repensar um pouco sobre o papel que posso ter nisso tudo. Sei que me ajudará a encontrar o caminho correto para que mesmo que minimamente eu possa fazer diferente. E sei que vai cobrar se por acaso eu estiver apenas de espectadora. Não estamos aqui pra isso, e isso eu sei, Deus.
Mari
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Sobre joias e tesouros
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força,
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável."
E já que estamos com ventos orientais...uma ótima narrativa intitulada "Joias devolvidas".
Narra antiga lenda árabe, que um rabi, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família. Esposa admirável e dois filhos queridos.
Certa vez, por imperativos da religião, o rabi empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias.
No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois filhos amados.
A mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura.
Todavia, uma preocupação lhe vinha à mente: como dar ao esposo a triste notícia?
Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção.
Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão.
Alguns dias depois, num final de tarde, o rabi retornou ao lar.
Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos...
Ela pediu para que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços.
Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos.
A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido: deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.
O marido, já um pouco preocupado perguntou: o que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.
- Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas joias de valor incalculável, para que as guardasse. São joias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo!
- O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?
- Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!... Por que isso agora?
- É que nunca havia visto joias assim! São maravilhosas!
- Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.
- Mas eu não consigo aceitar a ideia de perdê-las!
E o rabi respondeu com firmeza: ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo!
- Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo.
- Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido.
Na verdade isso já foi feito. As joias preciosas eram nossos filhos.
- Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram.
O rabi compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram grossas lágrimas. Sem revolta nem desespero.
Os filhos são joias preciosas que o Criador nos confia a fim de que as ajudemos a burilar-se.
Não percamos a oportunidade de enfeitá-las de virtudes. Assim, quando tivermos que devolvê-las a Deus, que possam estar ainda mais belas e mais valiosas.
(Fonte: livro "Quem tem medo da morte? - Richard Simonetti, cap. Joias devolvidas)
PS: Seria hoje, mas foi adiado para dia 10...a família Valada recebe mais uma pedra preciosa...seja bem vinda Juju. Ivana e Fabio, usem o cinzel com sabedoria, lapidando essa joia que recebem.
quinta-feira, 28 de março de 2013
Vingança
Quero ver o que você diz.
Quero ver como suporta me ver tão feliz.
E por que não Chico Buarque, como em Olhos nos olhos?
sexta-feira, 22 de março de 2013
Furto legal
Por ser uma obra de 1944, achei esse trecho bem interessante, prática comum na época
Se ficou curioso, o melhor é o precinho dele no estantevirtual. Um livrão desse por menos de 5 pratas?!?!
Interessado?
sexta-feira, 15 de março de 2013
Que dia é hoje?
como assim você não sabe?
algo lhe traz embaraço?
sua mente não lembrou?
o que tem 15 de março?
Rio de Janeiro, Guanabara, fusão?
isto traz-me compulsão!
olvidei? ou apenas disfarço?
muitas coisas aconteceram
algo que não é de agora
rogue para sua memória
a verdade está la fora
York, Detroit ou Vegas?
soa um pouco piegas?
eu quero meu passiflora!
este caso se encerra
foi este meu compromisso
enrolei e não disse nada
lhe deixei irritadiço
isto é coisa de minha cabeça
pesquise, talvez você conheça
e não se fala mais nisso!
sexta-feira, 8 de março de 2013
O sorriso de Exupéry
“Bom dia.” – Disse a raposa.
“Bom dia.” – Respondeu o principezinho com delicadeza. Mas, ao voltar-se não viu ninguém.
“Estou aqui.” – Disse a voz – “Debaixo da macieira…”
“Quem és tu?” – Disse o principezinho. – “És bem bonita…”.
“Sou uma raposa.”
“Anda, vem brincar comigo.” – Propôs-lhe o principezinho. –“Estou tão triste…”
“Não posso brincar contigo.” – Disse a raposa. – “Ainda ninguém me cativou.”
“Ah! Perdão.” – Disse o principezinho.
Mas, depois de ter refletido, acrescentou: – “Que significa cativar”?
“Tu não deves ser daqui.” – Disse a raposa. – “Que procuras?”
“Procuro os homens.” – Disse o principezinho. – “Que significa cativar”?
“Os homens” – disse a raposa – “têm espingardas e caçam. É uma maçada! Também criam galinhas. É o único interesse que lhes acho. Andas à procura de galinhas?”
“Não.” – Disse o principezinho. – “Ando à procura de amigos. Que significa cativar”?
“É uma coisa de que toda a gente se esqueceu.” – Disse a raposa. – “Significa criar laços…”
“Criar laços?”
“Isso mesmo.” – Disse a raposa. – “Para mim, não passas, por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Para ti, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas.
Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo para ti…”
-“Começo a compreender.” – Disse o principezinho. – “Existe uma flor... creio que ela me cativou.”
“É possível.” – Disse a raposa. – “Vê-se de tudo à superfície da Terra…”
* * *
Certa feita, caiu nas mãos dos adversários. Foi preso e condenado à morte.
Na noite que precedia a sua execução, conta ele que foi despido de todos os seus haveres e jogado em uma cela miserável.
O guarda era muito jovem. Mas era um jovem que, por certo, já assassinara a muitos. Parecia não ter sentimentos. O semblante era frio.
Vigilante, ali estava e tinha ordens para atirar para matar, em caso de fuga.
Exupéry tentou uma conversa com o guarda, altas horas da madrugada. Afinal, eram suas últimas horas na face da Terra. De início, foi inútil. Contudo, quando o guarda se voltou para ele, ele sorriu.
Era um sorriso que misturava pavor e ansiedade. Mas um sorriso. Sorriu e perguntou de forma tímida:
Você é pai?
A resposta foi dada com um movimento de cabeça, afirmativo.
Eu também, falou o prisioneiro. Só que há uma enorme diferença entre nós dois. Amanhã, a esta hora eu terei sido assassinado. Você voltará para casa e irá abraçar seu filho.
Meus filhos não têm culpa da minha imprevidência. E, no entanto, não mais os abraçarei no corpo físico. Quando o dia amanhecer, eu morrerei.
Na hora em que você for abraçar o seu filho, fale-lhe de amor. Diga a ele: "Amo você. Você é a razão da minha vida." Você é guarda. Você está ganhando dinheiro para manter a sua família, não é?
O guarda continuava parado, imóvel. Parecia um cadáver que respirava.
O prisioneiro concluiu: Então, leve a mensagem que eu não poderei dar ao meu filho.
As lágrimas jorraram dos olhos. Ele notou que o guarda também chorava. Parecia ter despertado do seu torpor. Não disse uma única palavra.
Tomou da chave mestra e abriu o cadeado externo. Com uma outra chave abriu a lingueta. Fez correr o metal enferrujado, abriu a porta da cela, deu-lhe um sinal.
O condenado à morte saiu apressado, depois correu, saindo da fortaleza.
O jovem soldado lhe apontou a direção das montanhas para que ele fugisse, deu-lhe as costas e voltou para dentro.
O carcereiro deu-lhe a vida e, com certeza, foi condenado por ter permitido que um prisioneiro fugisse.
Antoine de Saint-Exupéry retornou à França e escreveu uma página inesquecível: Uma vida, duas vidas, um sorriso.
* * *
![]() |
criador e criatura |
sexta-feira, 1 de março de 2013
Canção de ninar
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Clarice para crianças
Tempos atrás, achei essa super caixa no site submarino. Sabia que as crianças iam curtir isso no futuro.
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Como envenenar crianças
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Salve os Captchas
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Ao sambista mais novo
Como diria Alcione:
"Antes de me despedir,
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final:
Não deixe o samba morrer..."